O EU RACIONAL
Nagai: Descartes se utilizava da dúvida para chegar ao conhecimento verdadeiro. Ou seja, ele se desfazia de falsas opiniões até encontrar um ponto fixo, uma verdade. E pra ele essa verdade, essa evidência, deve ser clara e distinta. Sua primeira determinação foi questionar a nossa base, o alicerce do nosso conhecimento, pois se esse fosse duvidoso, todo o restante seria também. A partir do momento que tivermos a nossa primeira certeza, outras certezas surgiram com base nela. Resultando assim na reconstrução de sua visão do universo. Bianca: Assim é possível comparar com a construção de uma casa. Para reconstruí-la temos que derruba-la. Cada marretada que você dá num tijolo você está aprofundando, destruindo, chega a um ponto que você não reconhece mais a casa. Chega a um ponto que você não reconhece mais a verdade de tanto derruba-la, dai reconstruimos ela. E até onde o pensamento pode chegar? Como posso ter certeza que estou aqui apresentando esse trabalho? Como posso provar minha existência? Nagai: Focando nessa questão de como provar nossa existência, Descartes chegou a seguinte conclusão: Eu posso duvidar de tudo, mas tenho certeza que estou aqui pensando, duvidando. Sou uma coisa que duvida, pensa. PENSO, LOGO EXISTO!
Bianca: Então, vamos pegar um exemplo. Um dos estudos de René foi sobre a existência ou não de Deus. E da mesma forma que há pessoas para defender a ideia que Deus existe, devemos defender-nos provando nossa existência. E eu fazer vocês pensarem sobre isso é uma prova de que existimos. Mas daí vem outras dúvidas, como: Como provar que não estou sonhando?
Nagai:
A resposta é simples, "me belisque pra ver se não estou sonhando", pode parecer estranho, mas o que essa frase reflete é o significado de que, se sinto dor, não estou