O estudo da agricultura sob o modo capitalista de produção
1493 palavras
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O livro começa descrevendo as principais correntes teóricas no estudo da agricultura considerando as relações não capitalistas que fazem parte do processo da expansão capitalista no campo. A primeira linha de pensamento levará em consideração a presença tecnológica, modernizando os latifúndios por intermédio também das indústrias que participam do processo produtivo juntamente com os trabalhadores rurais que começam a se estabelecer como assalariados das empresas. Nessa teoria mais clássica, analisa-se a destruição do campesinato (analisado como relação não capitalista), salvo os que conseguiram se estabelecer na agricultura familiar, que denominam como pequenos capitalistas rurais (camponeses ricos), diferenciando-se portanto dos camponeses pobres que se tornariam trabalhadores assalariados a serviço do capital (industrial ou agrário). Interpretamos esse processo devido à permanência de relações “feudais, semifeudais, pré-capitalistas, atrasada no campo”, que causaria um endividamento do pequeno produtor (camponês), levando-o a vender a sua propriedade lhe restando se tornar um trabalhador assalariado, gerando novamente um processo especificamente capitalista. Por fim, a terceira corrente que é a mais atual e a mais aceita pelos autores, analisa o desenvolvimento do modo de produção capitalista como contraditório, pois o próprio capital cria e recria relações não capitalistas de produção, logo o campesinato deve ser entendido como classe social de trabalhadores dentro do capital, pois a classe burguesa usufrui da terra dos camponeses como “renda capitalizada”, subordinando o trabalho existente nela também. Dentre as abordagens teóricas levantadas nesse capítulo, a terceira corrente se torna a mais interessante para o estudo, pois leva em consideração a ampliação do capitalismo e suas influências em lugares que não pressupõe exatamente uma relação capitalista, mas que foram adaptados (recriados) para servirem o