O Estilo é o homem

"O estilo é o homem", disse Buffon Num discurso em 25 de agosto de 1753, George-Louis Lecrerc proferiu a frase “O Estilo é o Homem”, frase esta que traz diversas interpretações ainda hoje. Talvez o grande número de interpretações diferentes se dê por uma falta de conceito objetivo da palavra “estilo”. Porém, se recorremos aos dicionários padrões da língua portuguesa, podemos perceber uma convergência num conceito mais fechado e sintético: “maneira particular de se expressar” ou “conjunto de características que identificam uma obra ou um artista”. Se considerarmos o estilo como uma expressão ou marca dos indivíduos, podemos perceber a presença dele nas mais variadas áreas. Tanto o estilo pessoal, como o estilo literário e o estilo musical, estão presentes diariamente na vida das pessoas. Atualmente, é amplamente divulgado um estilo pessoal “correto”, um estilo que segue tendências de moda, e está presente em novelas e programas comerciais. Na realidade, esse é um estilo nem tão pessoal assim, já que passou a ser adotado por grande parte da população, com a finalidade de parecer mais “moderna” ou mais “descolada”. É certo que cada pessoa deve usar o que a faz se sentir bem, mas será que passar horas no cabeleireiro com uma utopia de cabelo-loiro-platinado faz alguém se sentir bem? Creio que não. Vale ressaltar que as tendências midiáticas vivem se reciclando, e o que é moda hoje pode não ser amanhã. Em relação ao estilo literário, podemos citar dois conceitos de estilo. Primeiramente, o estilo como uma maneira individual que cada autor se utiliza para escrever e também o estilo como cada fase da história na qual os autores repetiram determinadas características. Exemplificando, temos o Barroco e o Modernismo. Já o conceito de estilo musical está amplamente relacionado com o conceito de gênero. Os gêneros são categorias em que são encaixadas músicas (ou cantores) com características parecidas, em relação ao ritmo, à letra e até à função. O estilo, em