O espetáculo das raças- resenha
Uma historia de “Diferenças e Desigualdades”.As doutrinas raciais do século XIX.
Esse capitulo mostra as diferentes teorias raciais produzidas durante o século XIX.
A autora começa fazendo um breve retorno aos modelos de reflexão do iluminismo.
Pois os teóricos raciais do século XIX referiam-se constantemente aos pensadores do século XVIII, mas não de maneira uniforme como afirma a autora.De um lado estava o humanismo e em especial Rousseau que defendia a noção de humanidade uma. E do outro Buffon e De Pauw que tentavam justificar diferenças essenciais entre os homens. Para Rousseau os seres humanos poderiam se aperfeiçoar. A perfectibilidade era marca da humanidade una. Mas o estado de civilização deixava o ser humano cheio de vícios e infeliz.Levava a desigualdade entre homens.Junto com a revolução francesa estes pensamentos foram a base filosófica para pensar a humanidade enquanto totalidade.Na idéia do “bom selvagem” de Rousseau o homem americano se transformava em modelo lógico.Os bons selvagens são contrapostos aos homens ocidentais, que eram moralmente superiores. Contra está visão na segunda metade do sec. XVIII surgiram às teorias de Buffon e Pauw que falavam sobre a inferioridade dos americanos,que eram imaturos, decaídos e corrompidos.Então nesse contexto a partir do século XIX, a segunda postura mais influente mostra novas perspectivas se estabeleciam correlações rígidas entre patrimônio genético, aptidões intelectuais e inclinações morais. O termo raça foi introduzido na literatura especializada no inicio do século XIX, por Georges Cuvier, inaugurando a idéia da existência de heranças físicas permanentes entre os vários grupos humanos.A partir daí certa reorientação intelectual acontecia. Tratava-se segundo a autora de uma investida contra os pressupostos igualitários das revoluções burguesas.Esse debate , faz parte de um problema mais remoto, sobre as origens da humanidade. Até meados do século XIX a visão monogenista era