O espaço mais cobiçado
Gabriella Polessa Mangiavacchi
Resumo:
O objetivo deste artigo é apresentar e comparar as vivências em bibliotecas apresentadas em “Memórias de um Leitor Amoroso” de João de Jesus Paes e “A caverna, o monstro, o medo” de Nanci Nóbrega utilizando dados do Ministério da Cultura sobre esse assunto. Os dois autores tratam de suas experiências nesses locais, ressaltando como seria o mostruário de livros ideal. Seus excertos são úteis no sentido de orientar os profissionais desses espaços para fazerem estes ambientes aprazíveis e mais instrutivos, tendo em conta a educação formal e as práticas leitoras de crianças, adolescentes e adultos.
Palavras chave: Bibliotecas, práticas leitoras, práticas pedagógicas.
1. Introdução
Uma parte importante da formação cultural de crianças, jovens e adultos consiste no contato com uma grande variedade de livros, que podem ser diferentes de acordo com a faixa etária. É para esse propósito que as instituições de ensino disponibilizam um espaço em que aconteça o contato do indivíduo com as obras: a biblioteca.
Não basta, porém, que esse local exista para que essa interação se dê. É preciso incentivar as pessoas a frequentá-lo e ter um bom aproveitamento do que é oferecido. Geralmente o uso desses espaços ocorre compulsoriamente, devido ao cumprimento de prazos de entregas de trabalhos escolares que necessitam de pesquisas. Criar mais atrativos para bibliotecas é uma tarefa importante para o desenvolvimento da competência leitora do usuário.
2. Os “paraísos guardados” de João de Jesus Paes
O ensaísta João de Jesus Paes relata que em sua escola e em sua cidade natal, Abaetetuba, não haviam bibliotecas coletivas, estando os habitantes somente em contato com publicações atrasadas de jornais de Belém, vindos a barco. Só havia um local que abrigava uma extensa coleção de livros agrupados: a casa do dr. Novaes. O autor refere-se à escassez desses espaços na cidade com a expressão “Alguém que