O envelhecimento como um problema social
Esther Ferreira
Graziele Moreira
José Aristeu
Lívia Vasconcelos
Luana Aparecida
Mariana Santos
INTRODUÇÃO
Torna-se cada vez mais necessário uma maior discussão acerca do envelhecimento populacional. São diversos os fatores que corroboram para o aumento da expectativa de vida, como os avanços tecnológicos que conseqüentemente propiciam avanços na saúde e educação, e o desenvolvimento econômico por parte de alguns países.
Tendo como base alguns dados retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui em média 20,6 milhões de idosos. Com isso, faz-se importante colocar este tema em voga, visando discutir e refletir sobre o futuro de nossa população. Será que estamos preparados para oferecer subsídios que possam auxiliar os indivíduos longevos?
O Brasil hoje é um "jovem país de cabelos brancos". A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira, a maior parte com doenças crônicas e alguns com limitações funcionais. Em menos de 40 anos, o Brasil passou de um cenário de mortalidade próprio de uma população jovem para um quadro de enfermidades complexas e onerosas, típica dos países longevos, caracterizado por doenças crônicas e múltiplas que perduram por anos, com exigência de cuidados constantes, medicação contínua e exames periódicos (VERAS, 2009, p. 549). O envelhecimento vai sendo desnaturalizado ao passar de um processo biológico para uma construção cultural, onde considera-se, com o auxílio da psicanálise, a pessoa em relação com o Outro, situada em um mundo com seus valores e suas ideologias. Assim, com base em tudo que foi explanado, o presente artigo tem por objetivo promover, sob a ótica psicanalítica, uma reflexão em torno do envelhecimento populacional.
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA
Atualmente o envelhecimento é uma realidade mundial, mesmo nos países mais pobres. Ainda que as condições socioeconômicas não sejam distribuídas de maneira igualitária,