O ensino de ciências (física) no brasil: da história às novas
C LECI WERNER DA ROSA
Doutora em Educação Científica e Tecnológica; professora titular de Física na Universidade de Passo Fundo
ÁLVARO BECKER DA ROSA
Mestre em Ciências – Eng. Biomédica; professor titular de Física na Universidade de Passo Fundo
1.
Introdução
Saviani (1996) lembra que a educação, de maneira geral, pode ser entendida como o processo pelo qual são transmitidos aos indivíduos conhecimentos e atitudes necessários para que eles tenham condições de se integrar à sociedade. Essa integração não significa apenas o domínio puro e simples dos conhecimentos, mas, sim, o seu entendimento, também sob o ponto de vista filosófico, no qual educação e sociedade estão vinculadas, uma influenciando a outra. Perante esse modo de ver a educação, entende-se que o ensino de Ciências, e, neste caso específico, o de Física, precisa ser redimensionado, iniciando-se por uma real e efetiva proposta curricular, que o torne objeto de estudo, desde as séries iniciais, até o final do ensino médio e, ainda que os currículos e as metodologias de ensino sejam renovados, ultrapassando a visão de disciplina vinculada à memorização de nomenclaturas e a listas intermináveis de fórmulas. Esta nova concepção faz-se tão necessária quanto urgente, uma vez que o sistema educacional brasileiro, em particular o ensino de Ciências (Física), encontra-se em vias de colapso, deixando clara a inviabilidade de continuar privilegiando a transmissão dos saberes e o acúmulo de informações que a escola privilegiou durante tanto tempo.
Após esta reflexão sobre a situação em que se encontra a educação brasileira, algumas questões se fazem pertinentes, e refletir sobre elas poderá auxiliar na compreensão do modelo de ensino e de aprendizagem em Física perpetuado na escola brasileira, ante as necessidades e exigências apontadas para esta componente curricular neste novo milênio. Qual é a