O ensino da língua portuguesa nas séries iniciais
A Língua Portuguesa, dentro do contexto escolar, é uma disciplina utilizada em todas as áreas do conhecimento e consequentemente em todas as atividades cotidianas da humanidade. Certamente, sua presença na escola deve-se a sua presença na sociedade. E, a sua importância está associada às necessidades de expressão, comunicação e atuação do individuo na e da sociedade.
Sabemos que a língua é um sistema que se estrutura no uso e para o uso, escrito e falado, sempre contextualizado. No entanto, a condição básica para o uso da língua, que é a apropriação do sistema alfabético, envolve, da parte dos alunos, aprendizados muito específicos, independente do contexto de uso, relativos aos componentes do sistema fonológico da língua e às suas inter-relações.
Embora se tenha ampliado o acesso universal da população ao ensino fundamental e médio, no século passado, o Brasil ainda enfrenta o problema da permanência e sucesso escolar dos meios populares, o que resulta na exclusão social. E, conforme preconiza os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs no ensino fundamental:
Desde o início da década de 80, o ensino de língua Portuguesa na escola tem sido o centro da discussão acerca da necessidade de melhorar a qualidade da educação no País. No ensino fundamental, o eixo da discussão no que se refere ao fracasso escolar, tem sido a questão da leitura e da escrita. Sabe-se que os índices brasileiros de repetência nas séries iniciais – inaceitáveis mesmo em países muito mais pobres – estão diretamente ligados a dificuldades que a escola tem de ensinar a ler e escrever. Essa dificuldade expressa-se com clareza nos dois gargalos em que se concentra a maior parte da repetência: No primeiro, por dificuldade de se alfabetizar; no segundo, por não conseguir garantir o uso eficaz da linguagem, condição para que os alunos possam continuar a progredir até, pelo menos, o final da oitava série. (BRASIL, 2001, p.19).
Diante do exposto pode-se dizer que tanto os educadores