o ensimo de história
A instituição escola, na década de 90, do século passado, foi conduzida para assumir a forma de local protetor para as crianças que as freqüentavam, substituindo parcialmente o lar. Nesta visão o educando estaria ingenuamente preparado para sair no mundo, que a vida seria responsável por cuidar-lhe. Em nossa realidade educacional (e social) esta proteção está descartada, pois, a instituição perdeu esta característica. Em busca para auxiliar o desenvolvimento do sujeito, a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina vem caracterizar a disciplina de História, como forma de “[...] dizer não a linearidade tradicional” (SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO DE SANTA CATARINA, 1998, p. 167), “[...] enquanto simples repasse de informações, [...] o conhecimento histórico é uma construção de vários sujeitos”. (Idem, p. 161).
As grandes mudanças políticas e econômicas ocorridas no final do século XX causaram muita perplexidade entre professores e estudantes de História em geral, criando, em certos círculos, atitudes de ceticismo com relação ao próprio conhecimento histórico, o valor do ensino de História nas escolas e seu potencial transformador. (PINSKY in KARNAL, 2003, p. 17).
E acompanhando este ceticismo,
[...] questiona-se e até duvida-se da eficácia educacional dos livros (considerados, com freqüência, um meio de comunicação desinteressante e obsoleto), da utilidade dos professores como agentes de ensino (tidos como comunicadores inábeis e incompetentes). (PINSKY in KARNAL, 2003, p. 17).
Pois,
Temos, no geral, um ensino muito mais problemático do que é divulgado. Mesmo as melhores universidades são bastante desiguais nos seus cursos, metodologias, forma de avaliar, projetos pedagógicos, infra-estrutura. [...] Temos um ensino em que predominam a fala massiva e massificante, um número excessivo de alunos por sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco motivados e evoluídos como pessoas. (MORAN, 2000,