O enfermeiro
Muitas vezes quis agir segundo própria vontade determinação, era impedido pelo fardo de gratidão que contrairá com o Padre, amigo que o amparou mediante tempestuoso momento de sua vida, foi levando assim os dias restantes daquele moribundo arrogante e perturbado, ouvindo pronuncias de baixezas sem esboçar mínima reação.
Felisberto, por varias manifestações de “má-fé”, alvejava-o com o que estive-se ao alcance das mãos, o enfermeiro a fim de pacificar a situação permanecia silencioso, enquanto desvencilhava do que era arrojado. Diante de tal situação e determinado a cessar aquele tormento, procurou o Vigário comunicando assim o decidido, ouvindo em silencio o que lhe era narrado, Vigário pediu mais uma vez com instância e humildade, afirmava que o fim daquele flagelo humano estava próximo, a doença já não o deixava viver, e nenhum outro iria oferecer tanta dedicação e paciência a aquele severo.
Mais uma vez vencido, voltou à Fazenda, adentrou o quarto do moribundo, seguiu a rotina, banhou o doente, alimentou e medicou, sentou-se a cama ao lado de onde velava por seu sono, certo de que seria mais uma noite sem dormir. Já era fim da madrugada, quando ouviu um gemido mais doloroso que de costume, levantou-se e foi ter ao pé da cama do Coronel, preocupado chegou mais perto que era necessário, viu aqueles olhos brilhar em sua direção, e um sorriso maligno saltar aos lábios, uma das mãos foi enlaçada ao seu pescoço e o resto de forças que exalava daquele corpo era colocado para desferir pauladas em sua face, cego pelo medo revidou, entrou