O empreendedorismo começa na escola
Por Soraya Ganem Metne de Almeida*
Está muito enganado quem pensa que o termo “empreendedorismo” permanece presente apenas no mundo dos negócios. Hoje, o assunto faz parte da realidade de muitas crianças e jovens desde cedo, dentro das escolas. Assuntos como controle de finanças pessoais, iniciativa, liderança, mercado de trabalho, análise de riscos e ambiente profissional já rondam o dia-a-dia de muitos alunos.
As vantagens conquistadas com a aproximação ao tema são incontáveis, uma vez que alerta os jovens sobre consumo consciente, criação, planejamento e monitoramento de negócios, marketing e administração, a fim de desenvolver potenciais habilidades empreendedoras e formar gerações aptas a desenvolver oportunidades que cuidem do futuro do país e, consequentemente, do mundo.
Através de palestras, visitas e discussões, muitos jovens são inseridos no cotidiano de grandes empresas. Em sala de aula, buscam soluções inovadoras e abusam da criatividade para inventar produtos e serviços. Além disso, ética, responsabilidade e capacitação profissional são alguns dos valores difundidos para a formação de profissionais qualificados e prontos para encarar o mercado de trabalho.
No Relatório da Comissão Internacional sobre Educação, elaborado pela Unesco para o século XXI coordenada por Jacque Delors, o empreendedor deve focalizar o aprendizado nos quatro pilares educacionais: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser, e com isso ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente, enfrentando a globalização com responsabilidade, competência e autonomia.
Neste contexto, a Junior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios. Criada nos Estados Unidos, em 1919, é uma fundação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada. Seu objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimular o