O elemento insólito em As três irmãs - Mia Couto
AS TRÊS IRMÃS:
A PRESENÇA DO ELEMENTO INSÓLITO NA NARRATIVA DE MIA COUTO
Projeto de pesquisa da disciplina de Pesquisa Aplicada ao ensino de Literatura do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal da Paraíba.
Orientadora: Prof. Drª. Ana Marinho
Tema A utilização do elemento insólito no conto “As três irmãs” de Mia Couto
Justificativa Tendo em vista que foi promulgada desde 9 de janeiro de 2003, a Lei nº 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana nas escolas brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, o presente projeto tem por objetivo trabalhar, no âmbito literário, contos que caracterizem a escrita e a cultura de um povo que possui uma língua comum à nossa e uma gama infinda de tipos literários riquíssimos.
Referencial Teórico O primeiro contato com a literatura africana de língua portuguesa, sobretudo a produzida em Moçambique, se deu bem antes do estudo da Teoria e Crítica Pós-colonialista, e me despertou desde o início, o a necessidade de abordar o fantástico e o insólito, elementos tão presentes na prosa de Mia Couto.
Todorov coloca que o elemento fantástico resume-se como a hesitação que o texto provoca no leitor, sem essa hesitação, incerteza, mesmo o medo, não há o fantástico, pois então o texto irá se desvirtuar para o Maravilhoso ou Estranho.
No conto “As três irmãs”, Mia Couto faz uso do elemento fantástico de maneira gradativa; a linguagem carregada de significado vai ganhando densidade ao longo da narrativa e resulta num desfecho surpreendente. Júlio Cortázar, ao discorrer sobre alguns aspectos sobre o conto, afirma que “na medida em que um romance acumula progressivamente seus efeitos no leitor, o bom conto é