O Dom de Leão
Sonha palpitando dentro de cada ser humano uma profunda necessidade de ser visto, reconhecido, admirado, de ser feito sentir-se especial pelos outros seres humanos - ou melhor, por certos outros seres humanos. E são estes seres determinados que, para cada um, se tornam determinantes da capacidade individual de brilhar.
A necessidade de reconhecimento e de validação da identidade faz parte da natureza humana e da sua sobrevivência desde o primeiro instante, e vai tomando formas diferentes ao longo da vida, mas nunca desaparece totalmente. Vai-se recriando e sublimando à medida que é aceite e preenchida; da mesma maneira que se vai distorcendo e impondo de forma inconsciente à medida que é negada ou rejeitada e não preenchida.
Ser visto, aceite e reconhecido é fundamental desde o primeiro minuto de vida; isso garante que temos uma existência no mundo, que somos aceites e amados e por isso mesmo protegidos, enquanto não podemos fazê-lo por nós próprios.
Chame-se a esta a necessidade de reconhecimento, significância ou simplesmente de atenção, é evidente desde o nascimento que precisamos ser amados e vistos pelos outros seres humanos, termos a nossa a identidade validada, sentirmo-nos amados, importantes, únicos, significativos e especiais.
Para o recém-nascido, sentir-se o centro das atenções e incondicionalmente amado pelos seus pais ou cuidadores é vital – para saber que existe, que é visto, que é importante, que tem valor, que a sua sobrevivência está assegurada a partir do momento em que a sua importância para o Outro está assegurada.
Por isso, é absolutamente natural, correcto, e vital satisfazer, de forma assumida e declarada, este necessidade de reconhecimento, atenção, importância pessoal. Não o fazer é que se torna perigoso. Não é aquilo de que tenho consciência, mas aquilo de que não tenho consciência, que se torna perigoso e me fecha as opções.
Existem geralmente duas grandes “linhas estratégicas” possíveis, seguidas