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A segunda revolta de Boa Vista do Tocantins, por vezes denominada de segunda guerrilha do Tocantins, foi uma série de acontecimentos que ocorreram no norte da província de Goyaz, envolvendo também as províncias do Maranhão e Grão-Pará. As hostilidades se iniciaram em abril de 1907, e só foram finalizadas após um sangrento conflito que levou a morte de Leão Leda, o principal líder oligarca da região, em março de 1909.
O conflito contrapôs grupos oligarcas da região e o clero que disputavam o domínio do poder político na esfera regional. Assim como a primeira revolta, a segunda também foi de cunho emancipacionista,[1] pois tinha o objetivo de desvincular territórios para a formação de um novo estado.
[editar] Antecedentes
Ver artigo principal: Primeira revolta de Boa Vista
A segunda revolta tem seus antecedentes ligados aos desdobramentos da primeira revolta de Boa Vista, que envolveu principalmente conflitos entre oligarcas e rebeliões emancipacionistas.[2]
Embora encerrados em 1894 por intermédio de autoridades maranhenses e por frei Gil de Villa Nova, após a morte do frade, os conflitos de Boa Vista ressurgiram. O grupo oligarca do coronel Leitão havia sido destituído do poder local, e o poder se concentrava agora em grupos conservadores ligados à diocese de Goyaz. A disputa entre conservadores (federalistas) e liberais (bulhonistas) é o que realmente estava por traz destes conflitos.[2]
As propostas emancipacionistas revividas durante a primeira revolta de Boa Vista, agora tinham mais apelo e apoio, além de proporção macrorregional, englobando populações dos territórios do Goyaz, Maranhão e Grão-Pará. No auge, o conflito quase pôs em guerra civil o Goyaz e o Grão-Pará.[3]
[editar] A revolta
Os bulhonistas – enfraquecidos desde sua expulsão de Boa Vista do Tocantins em 1894 (haviam perdido o domínio político na esfera estadual em 1893), estavam se recompondo desde 1898 com a chegada de Leão Rodrigues de Miranda Leda (coronel