O DNA da informação

NEGROPONTE, Nicholas. O DNA da informação. In: A vida digital. Capítulo 1. Editora Companhia das Letras, 1995. 216p.

RESENHA

Embora o homem venha fazendo cada vez mais parte de uma sociedade dos bits em função da expansão das tecnologias digitais, não se pode deixar de observar o quanto o átomo ainda é presente no dia-a-dia e nas complexidades de transformação do átomo em bit e vice-versa.
Uma das vantagens dos bits está relacionada à circulação da informação que se dá de forma rápida e muitas vezes mais segura que uma informação que esteja em curso de forma analógica, ou seja, em forma de átomos como livros, jornais ou até mesmo as mídias digitais.
As diferenças entre um livro e um livro digital vão além dos seus suportes. Aliás, é justamente devido ao suporte que entra a questão econômica. Financeiramente, a comercialização de um livro digital é compensadora pelo fato de não necessitar de estoque e de transporte, além de não correr o risco de perda de armazenagem e desvio na entrega.
O bit é o menor elemento atômico no DNA da informação. Não possui características físicas que o qualifique o suficiente além da sua forma binária de zeros e uns. Contudo, ao longo das últimas duas décadas, o bit tem sido muito utilizado com a finalidade de digitalizar diversos outros meios de comunicação como áudio, vídeo, fotografia, entre outros. E as vantagens não param como, por exemplo, a compressão de dados e a correção de erros na transmissão da informação através de canais caros e ruidosos como o rádio e a televisão que economizam dinheiro. Aos telespectadores permite ver e ouvir imagens e sons com qualidade de estúdio. Outra vantagem está relacionada à taxa de compressão dos bits em relação à resolução que dependendo da finalidade e do suporte a ser armazenado pode ser econômico. Segundo o autor, a correção de erros e a compressão de dados são dos dois argumentos óbvios em favor da televisão digital.
A televisão é tida como um veículo no qual toda a inteligência