O discurso e o preconceito
Aline Cristina de Melo*
Cinara Cintra de Clarete**
RESUMO
Este artigo tem por finalidade apresentar a forma estigmatizada que a mulher vivencia cotidianamente. A abordagem do artigo se dará por meio da algumas frases do cotidiano sobre o preconceito com mulheres e como as mesmas aceitam ou não essa situação.
Palavras-Chave: Cotidiano, Mulher,Preconceito.
Preconceito conforme o dicionário[1] pode ser definido "como um conceito antecipado; opinião formada sem reflexão". É uma atitude que se baseia nos conhecimentos surgidos em determinado momento, como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados que costuma indicar desconhecimento pejorativo ao que lhe é diferente. Logo o diferente incomoda e pode até gerar medo.
Os preconceitos são juízos provisórios refutados pela ciência por uma experiência cuidadosamente analisadas, mas que se conservam inabalados contra todos os argumentos da razão. Nesse sentido os preconceitos têm sua sustentação em bases afetivas e irracionais amparadas na desinformação, na ignorância, no moralismo, no conservadorismo e no conformismo. (HELLER, 1989, p.47)
As pessoas constroem suas representações nos seus grupos sociais, através das conversas, das visões, das crenças que veiculam. Essas construções sociais se dão de forma histórica, sendo que recebemos influencias filosóficas, ideológicas e culturais. Assim, os conceitos e imagens vão sendo aceitos, naturalizados, considerados verdadeiros, embora sejam apenas representações. Muitos dos preconceitos, dos estigmas, das exclusões de pessoas, decorreram desse processo e dos equívocos que pode gerar.
O estigma é uma marca, um rótulo que se atribui a pessoas com certos atributos que se incluem em determinadas classes ou categorias diversas, porém comuns na perspectiva de desqualificação social. Os rótulos dos estigmas decorrem de preconceitos, ou seja, de idéias