O dialogo na formaçao filosofica
O diálogo tem que aproximar o professor e os alunos, estimular a autonomia e a construção de opiniões, levando em consideração as experiências que cada um possui, pois desta forma os alunos estariam livres para dar as suas opiniões. Pela leitura feita, acredito que as aulas de filosofia seriam mais humanas, pois aquela autoridade de quem está ensinando não seria tão evidente. O professor, ao permitir que os alunos coloquem as suas experiências dentro da sala de aula, passa a ensinar a filosofia, ao invés de um simples ensino do que é a Filosofia. E aí é necessário que o professor, esteja muito bem preparado para desencadear esse diálogo filosófico, e estar aberto ao não planejado, pois se corre o risco da aula ficar alienada perdendo assim o seu foco, que é o ato de filosofar, desta forma o professor deve estar capacitado para problematizar as questões criando situações significativas para os temas apresentados. É importante saber ouvir e criar elementos de reflexão. A mídia pode ser uma aliada para encontrarmos temas de discussão filosófica, uma vez que podemos encontrar formas abrangentes para os problemas do dia a dia.
Pensar uma formação filosófica que toma o diálogo como princípio desencadeador não é o mesmo que negar o acesso à tradição, mas é deslocar o ponto de partida. É importante ensinar a história da Filosofia, ninguém vive sem um passado, até mesmo para podermos comparar as épocas e percebermos a criação de novos conceitos, e é o diálogo que nos proporcionará isso. Assim é possível pensar o ensino de Filosofia constituído por um diálogo que se efetive num autêntico filosofar.
Temos que diferenciar o diálogo da conversa. Diálogo é o fluir de idéias entre um e outro, de modo a ser interpretado e reinterpretado, ganhando assim novos sentidos, nele não existe saberes imutáveis, mas convicções que se anunciam e que estão dispostas a se ouvir e acolher idéias diferentes de si. Quando existe o