o dia em que a terra chorou
Levantei a tampa, voltei ao passado
Meu mundo guardado dentro de um baú
Encontrei no fundo todo empoeirado
O meu velho laço bom de couro crú
Me vi no arreio do meu alazão
Berrante na mão no meio da boiada
Abraçei meu laço velho companheiro
Bateu a saudade, veio o desespero
Sentindo o cheiro da poeira da estrada
Estrada que era vermelha de terra
Que o progresso trouxe o asfaltado e cobriu
Estrada que hoje chama rodovia
Estrada onde um dia meu sonho seguiu
Estrada que antes era boiadeira
Estrada de poeira, de sol, chuva e frio
Estrada ainda resta um pequeno pedaço
A poeira do laço que ainda não saiu
Minha vida nesta cela é olhar pela janela, e esperar...
No Domingo lá vem ela caminhando sempre bela, me consolar...
Traz notícias da cidade onde explica essa verdade, eu lhe perdi...
Foi um crime sem motivos dois ou três aperitivo, eu tô aqui...
Aqueles olhos verdes, me trouxeram pra cá
Mas alguma esperança, vai me libertar
Eu fiz a maior proeza,
Nas bandas do rio da morte,
Com outro caminhoneiro,
Traquejado no transporte.
Fui buscar uma vacada,
Para um criador do norte,
Na chegada eu presenti,
Que era dia de sorte,
Depois do embarque feito só ficou um boi de corte.
O mestiço era bravo,
Que até na sombra investia,