O dia do professor
O dia 15 de outubro é uma data dedicada ao professor. Alguns estudiosos afirmam que a humanidade evoluiu muito nestes últimos séculos, que o aperfeiçoamento da máquina fez desaparecer as fantasias poéticas, que a educação tomou novos rumos, prejudicando em parte as conquistas morais da civilização moderna tanto no campo intelectual quanto no campo social e até religioso, que o homem sujeitou-se mais a si próprio, aos seus interesses materiais, corrompendo-se, deixando para trás a vida puramente espiritual. Para um grupo menos otimista, desde que afetada a vida puramente espiritual, é provável que muitos homens, especialmente os de formação superficial, motivados por pressões particulares, vivam se digladiando e flutuem no convívio social de modo inconveniente, infringindo os mais elementares princípios das normas convencionais de decência e polidez. Desapareceu o espírito de solidariedade. O professor é alguém que não pode se associar a essa forma de vida. É incontestável que o professor tem um ideal e, ao mesmo tempo tem o dever de, a todo o custo tentar modificar esse deformado quadro e jamais contribuir para o seu desenvolvimento. A educação é definida como um processo social sujeito a transformações constantes e se destina a criar uma nova consciência no indivíduo e no grupo eliminando a leviandade, a ignorância e a imoralidade. Por isso, o professor que exerce a nobre tarefa de educar, não deve fomentar esse quadro deprimente e imoral dos nossos dias, com o pretexto de propiciar a liberalidade, confundida pelos incautos com a libertinagem e a falta de respeito, contribuindo para a degradação moral da educação e da própria instituição, além de ver ridicularizada a sua imagem de professor. Em suas obras “Pedagogia da Autonomia” e “Pedagogia da Indignação”, Paulo Freire aborda de modo incisivo a temática denominada de “ética universal”. Diz ele que “os educadores devem exercitar uma ética inseparável da prática educativa que