O Desflorestamento nas Margens do Rio Peixe-Boi, Nordeste do Pará: Subsídio para a Recuperação.
Introdução
Cleane do Socorro da Silva Pinheiro*
*Geóloga e Analista de Meio Ambiente
O processo de ocupação do Município de Peixe-Boi caracterizou-se pela falta de planejamento e consequente destruição dos recursos naturais, particularmente das florestas que circundam a bacia do Rio Peixe-Boi. Política de desenvolvimento do município, tais como crescimento da área urbana, abertura de áreas para a agricultura ou pastagem para o gado geraram direta e indiretamente o desflorestamento.
Área de estudo
O trabalho foi realizado no município de Peixe-Boi, nordeste do Pará, depois de se observar um decréscimo no nível da água do rio que banha o município. Em menos de três décadas de ocupação ostensiva, os danos ao meio ambiente já é considerável, pois muitos moradores usam as áreas das cabeceiras do rio e seus entornos como pastos, causando uma mudança na paisagem.
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi estudar através de imagens de satélite (Landsat) e técnicas de sistema de informação geográfica (SIG) a expansão do desflorestamento no município e como está distribuído espacialmente este desflorestamento, quais são suas consequências ambientais além de apontar algumas propostas de soluções para a diminuição do desmatamento.
Metodologia
Para o desenvolvimento do trabalho foi necessário a aquisição das imagens de satélites para o estudo de como está se comportando o desflorestamento no município como um todo, mas principalmente nas margens da bacia do Rio Peixe-Boi e verificou-se o percentual do desflorestamento neste município.
Discussão
As imagens de satélite foram obtidas através do PRODES (Programa de Desflorestamento), este classifica apenas a vegetação primária, não considerando vegetações secundárias.
Comparando imagem de satélite LANDSAT-TM de 2008 com imagem do PRODES observa-se que a cobertura vegetal do município, constituída de floresta