democracia ateniense
A democracia só surgiu em 510 a.C., quando um novo legislador chegou ao poder, depois de um período de muitos conflitos sociais. O nome dele era Clístenes e entre suas medidas de mudança no governo de Atenas estava a divisão da cidade em 10 partes. Essa mudança alterava a divisão antiga da cidade, em torno de tribos, o que garantia o poder à aristocracia. Clístenes ampliou a Bulé para 500 membros, e a Eclésia, uma assembleia com seis mil cidadãos de todas as classes, passou a ter maiores poderes de decisão, como ampliação da fiscalização e do poder de votação sobre as propostas da Bulé.
Para evitar que a democracia fosse atacada, criou-se o ostracismo, a ação de exilar uma pessoa que a estivesse ameaçando, o que era uma função da Bulé. A decisão de exilar a pessoa ocorria depois de escrever o nome dela em uma concha ou pedaço de cerâmica. Em grego a palavra ostrakon significa concha do mar ou pedaço de cerâmica, de onde derivou a palavra ostracismo.
A democracia garantiu a Atenas um período de estabilidade social, que a fez crescer muito em importância econômica e cultural. Porém, a democracia ateniense excluía quase 90% da população das decisões políticas, mostrando que o governo do povo não era tão amplo assim.