O desenvolvimento sustentável na perspectiva dos direitos humanos
O Desenvolvimento sustentável na Perspectiva dos Direitos Humanos
A preocupação com as questões ambientais nasceu, na esfera internacional, com as conferências do sistema global da Organização das Nações Unidas (ONU). De 1972 até os dias atuais, realizaram-se três conferências mundiais, que foram decisivas para que temas como meio ambiente equilibrado, desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, entre outros, assumissem centralidade na agenda global.
Por ocasião da Conferência do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, também conhecida como a Cúpula da Terra, vários líderes do mundo lançaram um manifesto chamando a atenção da sociedade sobre a degradação sócio-ambiental generalizada. Foi o ápice da preocupação ambiental mundial. Tanto é verdade que contou com a participação de 179 países, 116 chefes de Estado e de Governo e mais de 10.000 participantes.
Desde então, inegáveis foram os avanços na área de Gestão Ambiental, em todo o mundo. Alguns elementos desse processo evolutivo são configurados pela criação de legislação ambiental, políticas públicas e pelo crescente processo de conscientização.
Não obstante, tais esforços foram engolidos pelo crescimento populacional, por padrões exagerados de consumo e por formas mais agressivas de intervenção sobre os recursos naturais, tais como a mecanização, manipulação genética e outros. Estabeleceu-se um estilo de vida baseado em um modelo de "desenvolvimento" que produz exclusão social por um lado e desperdício e riqueza, por outro, e ambos degradam.
O modelo de desenvolvimento adotado também gera uma crise de percepção e desequilíbrio. Para se manter o atual estilo de vida, destroem-se os sistemas de suporte da vida, ou seja, poluem a água que consomem, bem como, o ar que respiram e os solos que produzem os seus alimentos. Tais desequilíbrios incluem comportamentos erráticos e violentos do clima, como por