O desenvolvimento da Ética profissional do Serviço Social
Valéria Forti ao fundamentar a moral, busca no pensamento marxista a explicação do modo do homem em sociedade. Para a autora o homem se relaciona e se modifica através do trabalho.
É também através do trabalho que o homem cria valores e adquire consciência, se tornando membro de uma coletividade, criando assim a moral. Para Forti, o conceito de moral está relacionado a valores, normas e padrões que ditam como o homem deve se comportar em sociedade, e que a moral é histórica, mudando conforme muda-se a sociedade. Não existe somente um conceito de moral, ela depende de como é a cultura daquela sociedade vigente.
Já a ética são os questionamentos e as reflexões sobre a moral. É o estudo filosófico sobre a vivência da moral, investigando ou explicando alguma experiência humana ou de seus comportamentos.
A autora salienta que a ética profissional se apresenta de uma forma particular. Ela reflete entre todas as profissões, levando em conta as diferentes esferas de vida em sociedade. Para entender a ética profissional precisamos conhecer todo o percurso da profissão em sociedade e todas as respostas que a profissão oferece diante das necessidades sociais.
O primeiro código de ética da profissão surgiu em 1947. Nesse momento o Serviço Social surge no bojo da Igreja Católica e ao mesmo tempo acontecia a construção do Capitalismo Monopolista, desta forma o maior objetivo do profissional era disciplinar e encher de ideologias os trabalhadores, assim o Código de Ética era baseando na religião ,nos valores morais, tradicionais e burgueses.
Em 1965, surge o segundo Código de Ética, nessa época o Brasil vivera um período de grandes lutas e em especial o Serviço Social que se movimentava pela busca da reconceituação, uma crítica ao tradicional, com um questionamento sobre a contribuição do assistente social para o fim do subdesenvolvimento e também o fim da influência religiosa na profissão.
Em 1975 o contexto