O desenho infantil
Por meio de linhas, pontos e manchas sobre uma superfície identificamos a representação do desenho, ou seja, a arte e a técnica de representar, com lápis, pincel e etc., um tema real ou imaginário, expressando a forma.
Evoluiu-se paralelamente a maneira de encarar o desenho, antes o mesmo tinha a finalidade de preparar o futuro artista, tendo uma relação única com a arte adulta. Conforme citou Mèredieu (2006, p.3) “Durante muito tempo, só se reteve do grafismo infantil as particularidades que diziam respeito à inabilidade motora, atribuindo os sucessos ao acaso”.
Sabemos que a criança precisa se comunicar e para isso utiliza um repertório repleto de signos gráficos, os quais aparecem em todas as produções infantis, modo de expressão da criança, o desenho constitui uma língua que possui seu vocabulário e sua sintaxe. Com a idade escolar se intervém a distinção dos diversos signos levando em conta que a criança está em constante mutação, ou seja, as experiências, crescimento, sentimento interagem com essa evolução dos signos da linguagem. De acordo com Mèredieu (2006, p.18) “Tal evolução se faz por etapas, no decorrer das quais observam-se regressões a um estágio anterior do grafismo, regressões significativas de um distúrbio profundo ou de uma crise passageira”.
Conforme Mèredieu (2006, p.24)
Chamamos de desenho informal o início da evolução da criança, onde no plano plástico a expressão infantil começa pelo aglomerado e pelo rabisco no plano gráfico, condicionam toda a atividade futura da criança e constituem uma verdadeira “pré história” do desenho.
Antes de tudo o rabisco é motor, a criança só o fará pelo prazer a partir do momento em que se notar que seu gesto produziu um traço. De acordo com Mèredieu (2006, p.25) “O rabisco aparece com a aprendizagem do andar e do sentido do equilíbrio, seu estudo articula-se em torno de uma análise psicomotora do gesto gráfico”. Assim, existem três estágios do rabisco, mencionados por