O DESAFIO DO CRACK NA SOCIEDADE BRASILEIRA

A Operação Cracolândia, iniciada em São Paulo no mês de janeiro de 2012, tem provocado polêmica no que diz respeito às medidas necessárias para a erradicação do problema social que é o consumo do crack no Brasil. A droga, devido à sua rápida difusão nos últimos anos e ao seu alto índice de dependência, tem sido responsável por um aumento significativo da criminalidade e violência no país. Logo, ao se mostrar como uma ameaça à saúde e segurança públicas, o uso da droga surge como uma adversidade a ser combatida pelas autoridades brasileiras.
Em relação à saúde pública, é fundamental a avaliação das consequências físicas, psicológicas e sociais decorrentes da utilização da substância. O primeiro fator a ser considerado é a fácil dependência após o uso inicial, que leva à necessidade do consumo frequente, acarretando também a destruição das relações sociais do usuário. Ademais, o crack causa danos ao pulmão, à musculatura e ao cérebro, constituindo um estado de saúde crítico no dependente. Portanto, diante da rapidez com que o processo de degradação humana avança, é necessário que as providências sejam tomadas de imediato.
Outro aspecto a ser ressaltado é a questão da segurança pública, que se encontra comprometida desde os delitos cometidos pelos usuários aos conflitos existentes na zona do tráfico. O dependente, sob o efeito da droga, perde a noção do certo e do errado, do perigo e, consequentemente, das suas ações, podendo apresentar um comportamento inadequado. Porém, é fato que a maior parte da violência advém dos conflitos na zona do tráfico, como demonstra o filme, baseado em histórias reais, “Cidade de Deus”, onde a favela de mesmo nome era palco de conflitos armados entre diferentes gangues que disputavam a supremacia do tráfico, ocasionando não só a morte de seus integrantes, como também a de inocentes. Diante disso, fica evidente a contribuição das drogas para o aumento da criminalidade e da violência, como também na desestruturação familiar.
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