O desafio de Substituir letras por números
O desafio de substituir letras por números: que conteúdos e estratégias podem ser desenvolvidos?
Helena N. Cury e Maria Laura F. B. Sampaio
MATEMÁTICA
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Matemática
Assunto: Desafios
O desafio de substituir letras por números: que conteúdos e estratégias podem ser desenvolvidos?
[...] Para tornar a Matemática mais “aceitável” para aqueles que a ela não se dedicam profissionalmente
– e aqui se incluem os alunos da Educação Básica e a maior parte dos estudantes de cursos superiores – muitos matemáticos e professores de Matemática têm se esforçado em encontrar conteúdos interessantes, metodologias ou recursos novos. Martin Gardner, matemático americano que por muitos anos foi responsável por uma coluna de passatempos matemáticos na revista Scientific American, introduz mais uma obra sobre recreações matemáticas com a seguinte frase: “Um professor de matemática, não importa quanto goste de sua disciplina ou quão forte seja seu desejo de comunicá-la, está perpetuamente enfrentando uma esmagadora dificuldade: como conservar seus alunos acordados?” (GARDNER, 1975, p. ix). Continuando suas observações, o mesmo autor conclui que a melhor maneira de fazer com que a Matemática seja interessante para os alunos e leigos é abordá-la com jeito de jogo. E no que ele chama de “jogo”, encontram-se passatempos, quebra-cabeças, paradoxos, enigmas, desafios.
Outro autor que se dedicou a escrever um livro de diversões matemáticas, David Aguilar (1981), em um posfácio divertido sugere aos leitores que o livro se converta em um elemento, na mesinha de cabeceira, tal como o despertador e o sonífero. Ou seja, que sirva para despertar o interesse, mas também para relaxar ou induzir o sono.
Na contracapa de dois livros da Coleção “O prazer da Matemática”, da Editora Gradiva, de Lisboa (GUZMÁN, 1990; BERLOQUIN, 1991), encontramos uma frase atribuída a Leibniz: “Não há homens mais inteligentes do que aqueles que são capazes de inventar jogos. É aí que o seu espírito se