Descobrindo valores sonoros da escrita
Para alguns educadores o ensino da língua escrita deve iniciar com uma mesma palavra para toda a classe, escolhida a partir do contexto de vida das crianças, sendo esta palavra geradora de interesse e a expressão selecionada produzirem conhecimentos novos em curto espaço de tempo. Após a seleção, a palavra deve ser empregada em várias atividades durante um determinado período e assim, pouco a pouco a palavra será decomposta em sílabas e letras que serão combinadas com outras. Quando os caminhos tiverem se esgotado nova palavra é escolhida. Mas deixar o condicionamento de lado ainda é complicado para muitos profissionais. Mesmo antes de saber ler e escrever convencionalmente, a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é um importante passo para os professores alfabetizadores levarem todas a aprender, sendo assim, o primeiro passo para se saber qual a relação que a criança tem do que escreve e do que lê é a sondagem que deve ser feita pelo professor logo num primeiro contato. Ficar atento às reações dos alunos enquanto escrevem também é fundamental. Anotar o que eles falam, sobretudo de forma espontânea, pode ajudar a perceber quais as ideias deles sobre o sistema de escrita. Segundo Ferreiro e Teberosky, "as crianças constroem ideias sobre escrita, resolvem problemas e elaboram conceitos" e aqui entra o que pode ser considerada uma palavra, com quantas letras ela é escrita e em qual ordem as letras devem ser colocadas. As autoras ainda observaram que na tentativa de compreender o funcionamento da escrita, as crianças elaboram teorias que se desenvolvem como:
-pré-silábico: quando não percebem a escrita ainda como uma representação do falado e que possuí dois níveis; o primeiro é onde as crianças procuram diferenciar o desenho da escrita, identificando o que é possível ler. O segundo é quando constroem organizadores básicos, ou seja, que é preciso uma quantidade