O debate político na corrida presidencial
Por Marina Frascareli
A política brasileira sempre foi caótica e deixou a desejar para os cidadãos do país. No Estado de São Paulo a ingovernabilidade é transparente e é notado em seus diversos distritos, principalmente nessa época de eleições, uma infelicidade quase sempre de teor particular. As eleições se tornam, portanto, o direito que o cidadão possui de garantir uma melhora do seu cotidiano, isto é, sua rua asfaltada, as crianças em boas escolas, o transporte público em ordem, entre outros problemas resolvidos. Porém, para o paulista, o segundo turno é a época de guerra declarada entre os dois partidos com maior histórico de hostilidade entre si, o que deixa cada vez mais difícil de tomar uma decisão.
Os debates do primeiro turno durante a campanha eleitoral deixam a desejar em termos de conteúdo, entre os candidatos e partidos, diante das regras e normas que passam a igualar os desiguais. Isto é, aquele candidato que obteve uma quantidade maior de votos nas pesquisas, como por exemplo o José Serra do PSDB, entra no debate com o mesmo direito e espaço daquele que não obteve quase nada, por exemplo a Soninha do PPS, produzindo um confronto tortuoso não podendo afunilar em questões mais pertinentes e não produzindo de fato o jornalismo. Contudo, já no segundo turno ficou mais claro o confronto, e assim exigiu-se mais de cada candidato. Mesmo assim, a chance oferecida de mostrar para os eleitores suas ideologias políticas e as propostas supostamente cabíveis para um futuro melhor na cidade, não parece ter sido aproveitada por cada político. A impressão que fica é de uma proposta populista, que não deixa de ser importante, como por exemplo, a saúde, a educação, o transporte. Mas a garantia de uma cidade melhor passa despercebida e aquele velho discurso de todo candidato recheado de promessas que nem sempre são compridas, se sobressaem e garantem o voto do eleitor.
Nesse segundo turno as pesquisas do Datafolha