O debate da questão social: Notas para uma análise crítica do Serviço Social
Primeiro, porque permite uma compreensão da gênese da profissão e de suas requisições e segundo porque permite compreender o Serviço Social como uma profissão inserida em uma realidade específica da sociedade capitalista.
A escolha pelo tema da questão social partiu da idéia de ser esta a base de requisição da profissão, ou seja, a partir do acirramento das desigualdades sociais surge a necessidade de profissionais que intervenham diretamente na questão social, dentre tais profissões inclui-se, principalmente, o Serviço Social. Este é o momento de desenvolvimento do capitalismo monopolista quando ocorre um processo de pauperização da classe trabalhadora.
Busquei me apropriar de autores que realizam uma leitura crítica da realidade a partir do aporte marxista para compreender a chamada questão social, como Iamamoto e
Netto; também recorri autores que não vinculam suas leituras ao referencial marxista, como é o caso de Castel. Busquei também os clássicos, aqueles que permitem uma análise da conjuntura em que se deu o surgimento da questão social como Engels, Lênin e o próprio Marx.
Estes autores possuem em comum uma preocupação central: se dedicam a analisar o crescimento da pobreza e da miséria, mas o fazem sobre perspectivas diferentes. Esta preocupação é relevante porque com o desenvolvimento do modo de produção capitalista as expressões da questão social se acentuaram e colocaram parcela da população em condições de miserabilidade e pobreza. Nesta condição, o capitalismo precisa dar respostas às necessidades sociais, seja através de políticas sociais via
Estado, seja através de alternativas via iniciativa privada.
O objetivo deste trabalho consiste em discutir a questão social como uma expressão das contradições inerentes ao modo de produção capitalista. Este debate será travado no sentido de compreender a gênese do