O cortiço
Aluísio de Azevedo. Na época do seu lançamento, chegou a ofuscar livros de autores como Machado de
Assis, devido a pertencer a escola naturalista, de grande prestígio na Europa.
• O Cortiço conta a história do caminho que João
Romão percorre para ficar rico. Para conseguir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço, explora os seus empregados e até comete furtos. A sua amante, Bertoleza, trabalha continuamente, sem folgas ou descansos.
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Trata-se de um Romance Social – todas as existências se entrelaçam e repercutem nas outras, sendo o
Cortiço o gerador de tudo;
Crítica ao Capitalismo Selvagem – pode ser visualizada na figura ambiciosa do Dono do Cortiço, que se abdica de tudo em nome de ajuntar dinheiro, o qual não desfruta. O Tema é a Ambição e a Exploração do homem pelo próprio homem;
Zoomorfismo e o Determinismo
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Na obra as personagem representam
Tipos Humanos, por exemplo Albino
(homem franzino, afeminado, que trabalhava com as lavadeiras),
Botelho (velho, sem dinheiro que vivia como agregado no sobrado do
Miranda, sabia se fazer necessário).
Situação da Mulher – as mulheres são reduzidas a três condições:
Objeto (como Bertoleza e Piedade) pois são usadas pelo homem; Objeto e Sujeito (Rita Baiana) com certa independência; e Sujeito (Leonie e Pombinha) são independentes do homem e se prostituem (embora desprezem a situação e ações dos homens). A Força dos Instintos – no romance a forma mais degradante deles é o Sexo
(destruição e desrespeito ao matrimônio, traições, prostituição, lesbianismo,etc). Veja no trecho a seguir a descrição de Rita Baiana e sua força sobre
Jerônimo:
“Naquela Mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o