O Cortiço: personagens
João Romão é um português capitalista que veio para o Brasil com o intuito de enriquecer de modo exacerbado; portanto, representa o capitalista explorador. Esse personagem privava-se do luxo, gastando apenas com aquilo que lhe traria mais dinheiro; foi assim que começou a comprar o terreno para construir o Cortiço.
Bertoleza, quitandeira, vive com João Romão e é uma escrava que pensa ter comprado sua liberdade; portanto, representa o trabalhador escravo.
Miranda é um português que veio para o Brasil e mora em um sobrado ao lado do cortiço, portanto, o vizinho rico de João Romão. Assim, representa a burguesia.
Jerônimo é outro português que também veio para o Brasil, na obra é visto como um trabalhador bastante disciplinado.
Piedade, esposa de Jerônimo, figura a típica mulher europeia.
Rita Baiana, a mulata sensual do Cortiço, representa a mulher brasileira.
Capoeira Firmo, mulato que se envolve com Rita Baiana.
Arraia-Miúda é representada pelas lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial Alexandre.
NARRADOR: O narrador aparece em terceira pessoa, portanto, é onisciente, isto é, aquele que penetra na mente e nos pensamentos de todas as personagens, sabendo de tudo que se passa. Esse narrador é tão poderoso que julga e tenta comprovar, tal qual a um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico sobre as ações das personagens; fato ligado à escola naturalista.
TEMPO : Em O Cortiço, o tempo é linear, com início, meio e fim. Embora não sejam mencionadas datas, apreende-se que a história se passa no Brasil do século XIX.
ESPAÇO: A obra explora dois espaços. O primeiro é o cortiço, um amontoado de casas desorganizadas, onde vivem os pobres. Representa a promiscuidade das classes baixas e a mistura de raças; funcionando como um organismo vivo (biológico).