O Cortiço heroi e anti-heroi
Herói e Anti-Herói
A princípio fica difícil definir o herói e o anti-herói, porque os personagens são uma mistura dos dois, segue os motivos e a análise dos dois que podem se encaixar em respectivas características personagens:
Herói - Jerônimo
Jerônimo pode ser considerado um herói, pois é alguém que luta e trabalha, mas depois tornasse um anti-herói, pois não faz mal a ninguém, mas deixa de ser quem era quando se apaixona por Rita Baiana.
“Jerônimo era um rapaz trabalhador, honesto, vivia para a mulher, que também vivia para ele, ambos tinham-se mudado de Portugal em busca de melhores condições no Brasil. Amavam-se profundamente. Jerônimo vai trabalhar em uma pedreira e se hospeda com sua mulher no cortiço, lá conhece Rita Baiana, uma brasileira festeira, bonita e sensual. Por causa de Rita, Jerônimo se passa a beber, tomar café e reclamar do trabalho, segundo o autor, características dos cabras (brasileiros), isso mostra uma característica forte do Naturalismo, o determinismo, como o homem como produto do meio. Se apaixona pela baiana e, após algum tempo, faz-se um relacionamento extraconjugal. Jerônimo abandona a mulher e vai viver com Rita “
Aí vemos toda a transformação de Jerônimo, começa como bonzinho, mas acaba se desvirtuando, mas devido a sua personalidade e acontecimentos, vamos considera-lo herói.
Anti-Herói - João Romão
João Romão pode ser considerado os dois. Ele é alguém que luta pelo progresso e é a lei local, mas é ambicioso e calculista.
João Romão, um português que pode ser encarado como metáfora do capitalismo selvagem, pois tem como principal objetivo na vida enriquecer a qualquer custo. Ambicioso ao extremo, não mede esforços sacrificando até a si mesmo. Veste-se mal, dorme no mesmo balcão em que trabalha. Das verduras de sua horta, come os piores, o resto vende: “O português nunca ia a passeio, nem ia a missa aos domingos; tudo o que rendia a sua venda e mais quitanda seguia direitinha para a caixa econômica e