o corti o
Bruno, já arrependido de ter expulsado Leocádia de casa, procurou, por Pombinha para ela lhe escrever uma carta. Mesmo ocupada com a costura de seu enxoval, a menina atendeu ao pedido de Bruno, que entre lágrimas confessou que aceitaria Leocádia de volta e esqueceria sua traição. Após o casamento de Pombinha sua casa mal havia sido desocupada e já tinha novos inquilinos. O que acorria com o restante do cortiço, e com o bairro que crescia, tanto que surgiu um cortiço concorrente, o “Cabeça-de-Gato”, levantado por outro português. João Romão, percebendo a concorrência, incentivou um sentimento de intriga entre os moradores de sua estalagem e os daquela, ainda que sem motivos muito claros. Percebendo que não havia ameaça no cortiço novo João Romão dirigiu suas atenções para outra intriga que mais lhe interessava Miranda. Mudando seus costumes, suas roupas, sua agenda. E a mudança deu resultado Miranda o cumprimentava e às vezes até conversava com João.
Nessa obra podemos além do narrador do tipo observador, pode-se encontrar também o narrador onisciente, que nos traz informações sobre o estado de espírito das personagens. Além de há o predomínio na narrativa do discurso indireto livre, o que permite ao autor revelar o pensamento das personagens. Certo dia, numa das muitas conversas entre João Romão e Botelho, o velho lhe lançou uma ideia: que conquistasse Zulmira, a filha de Miranda, que já estava moça com isso levaria a herança! Botelho que tinha influência com o Barão e ajudaria João na conquista, contanto que ele o retribuísse pecuniariamente.
Segundo FERREIRA, Luís Antônio em sua tese a seu modo, Botelho é um explorador e Miranda também. A sedução de Miranda é, a princípio, a mesma que João Romão. O respeito humano não faz parte do código de ética dos exploradores.
Dias depois João Romão