RESENHA LUANA
Subtítulo do Artigo: É dizível o inconsciente ?
Autor: Zeljko Loparic
Este artigo, o qual me refiro nesta resenha, foi escrito pelo aluno do Curso de Estudos Pós-graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP, Zeljko Loparic e se divide em 12 capítulos pequenos que se debruça sobre do processo pelo qual se passou, na modernidade, da libertação da palavra à industrialização da palavra, esboçando algumas reações a esse desenvolvimento, em particular a de Heidegger. Através do exame detalhado da regra de verbalização do inconsciente, sobre a qual repousa a clínica freudiana, mostrando os limites teóricos e clínicos desse tipo de comunicação entre o analista e o analisando. Dentre os 12 capítulos, farei um resumo dos capítulos 9 e 10, os quais possuem, respectivamente, os títulos: “Da comunicação entre o paciente e o analista relativamente à cisão (o não-acontecido) em Winnicott” e “O modelo de comunicação não-verbal entre o paciente psicótico e o analista sobre o inconsciente não-acontecido: a comunicação inicial mãe-bebê”. No capítulo 9, o autor fala sobre Winnicott, o qual sabe muito bem que a psicanálise tradicional é baseada na comunicação verbal e nas interpretações causais apoiadas pelas especulações meta psicológicas, concedendo que tal método era bastante apropriado para o tratamento de pacientes neuróticos. Ele relata que nos pacientes neuróticos, as experiências psíquicas podem ser consideradas como "dadas", a capacidade de simbolização e mesmo de verbalização como estabelecida, pois, os mesmos, já sabem como fazer uso dos objetos e diferenciar entre o eu e o não-eu, isto é, o interno e o externo. Os pacientes que atingiram esse grau de desenvolvimento, justamente o caso dos neuróticos, poderão perfeitamente exibir distúrbios relativos a suas relações de objeto podendo serem tratados por meio da aplicação da regra fundamental de Freud.¹ Já a