O corpo e a adolescência
Em “O Mal Estar da Civilização” (1930), Freud aponta a fragilidade dos nossos corpos como uma das três fontes de sofrimento humano. De fato, durante a puberdade, o corpo passa a ter um lugar de destaque, podendo se tornar fonte de angústia para o adolescente. Contudo, à medida que o adolescente vai reorganizando sua imagem corporal, os sentimentos de angústia e estranheza, relativos ao próprio corpo vão, aos poucos, se amenizando. Esse processo de reorganização está presente durante toda a vida, mas é na adolescência que se dá de modo estruturante.
O adolescente se encontra diante da necessidade de se apropriar da nova imagem do seu corpo, que está em processo de modificação, sendo por isso, fonte de insatisfação. Osório (1989) vai dizer que essa insatisfação é característica da estranheza e da ansiedade diante das mudanças que estão surgindo. A apropriação dessa imagem corporal, não dependerá, entretanto, somente do adolescente, como ser isolado. Ela é fruto de tudo o que está ao seu redor, como amigos, família e meios de comunicação.
A mídia, hoje representada principalmente pela televisão e internet, vai influenciar muito na forma como o adolescente irá construir sua imagem corporal. Ao