O corpo no renascimento
Beatriz Maria Magalhães Rodriques¹
Camila Marques Viana¹
Maria Angélica Gomes Chaves¹
Vanessa Silva Nascimento1
Resumo: Buscamos com essa pesquisa bibliográfica demonstrar o impacto das transformações do renascimento na concepção do entendimento corpóreo, as evoluções na interação entre homem, corpo e ciência, e as suas relações com a indumentária da época. Articulações que estimulam a compreensão do corpo como indicador cultural tanto de época, como de condicionamentos sociais. O direcionamento desta pesquisa baseia-se na observação das expressões artísticas presentes no renascimento, pontualmente Donatello, Leonardo Da Vinci e Michelangelo e suas representações plásticas do corpo.
Palavras chave: renascimento, corpo, indumentária, arte e ciência.
Introdução
Os séculos XIV até XVI foram palco de um dos movimentos mais importantes da história: o renascimento cultural. O período de transição do feudalismo para o capitalismo causou várias modificações nas artes, no pensamento, no conhecimento científico, na forma do homem ver o mundo e a si próprio. A presença marcante do humanismo nesse período caracteriza uma valorização das matérias que envolviam a vida humana. Outras características marcantes da época foram o retorno da cultura clássica (greco-romana) aplicada de certa forma à época; o antropocentrismo, que coloca o homem como centro de sua vida e o ideal de universalidade que pregava a valorização do conhecimento de todas as ciências e artes pelo homem. (ARRUDA; PILETTI, 1999)
Segundo SANT’ANNA (2001) na Idade média, o ser humano possuía a verdade dentro de si, ou seja, era munido de alma, isto é, era através da alma e não do corpo que o homem pode ver a Deus. Consequentemente pensava-se que o corpo dificultava essa visão, tendendo a ser execrado, considerada obstáculo à descoberta da verdade e à salvação. No Renascimento essa concepção é quebrada, o antropocentrismo coloca o homem no centro do seu pensamento filosófico