Renascimento – Corpo Cidade - Arquitetura
Escala Humana
A escala humana é uma medida de referência relativa, utilizada nas artes e na arquitetura e baseada no corpo humano. Presume-se que o ser humano tenha uma noção intuitiva do tamanho do seu corpo e que utilize esta noção como parâmetro comparativo. Num projeto arquitetônico, pode-se inferir o tamanho dos objetos representados pela relação com uma figura humana desenhada. Numa maquete do mesmo projeto, um boneco representando o homem dá a medida dos elementos à sua volta. Igualmente, numa pintura a presença da figura humana permite intuir relações de distância e o tamanho dos objetos representados.
Em termos abstratos, a escala humana é usada como expressão de uma arquitetura feita para o ser humano. Ainda que esta arquitetura seja de difícil definição, ela pode incluir características como: espaços que façam com que as pessoas congreguem ou se sintam protegidas, distâncias que sejam cômodas de atravessar e prédios que não façam com que as pessoas se sintam "insignificantes". Estes exemplos, no entanto, variam de pessoa para pessoa e são difíceis de quantificar.
Na renascença, Leonardo da Vinci representou a perfeição das medidas humanas ao inscrever o homem dentro de duas figuras geométricas elementares (o círculo e o quadrado) segundo descrições encontradas no texto Os 10 livros da Arquitetura do arquiteto romano Vitrúvio. Acreditava assim na perfeição da figura humana, associando-a com o centro do universo.
Albrecht Dürer, por sua vez, tentou encontrar a perfeição nas medidas humanas estudando as relações de proporção e simetria entre as diferentes partes do corpo.
A arquitetura renascentista
Para compreender melhor as idéias que orientaram as construções renascentistas, retomemos rapidamente a linha evolutiva da arquitetura religiosa.
No início, a basílica cristã imitava um templo grego e constituía-se apenas de um salão retangular. Mais tarde, no período bizantino, as plantas das igrejas complicaram-se num