O CORPO COMO OBJETO O PODER
No livro Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões, Michel Foucault, em quatro grandes capítulos (Suplício, Punição, Disciplina, Prisão), nos faz refletir sobre esse sistema manipulador e controlador que foi se construindo no decorrer da história, porém nesta análise irei me ater a terceira parte do livro, cujo tema é disciplina, fazendo comparações dos principais argumentos colocados por Foucault com aspectos da atualidade e trazendo um novo olhar para essas disciplina que se perpetuam na atualidade. Portanto, não pretendo aqui fazer uma análise do capítulo, mas sim falar da manipulação do corpo usando como fundo inspiratório o aspecto da disciplina abordada por Foucault.
Foucault relata que no século XVIII os corpos se tonam objetos do poder, um corpo dócil, ou seja, que se manipula, um corpo que pode ser modelado, treinado, que obedece a tudo que lhe é incumbido, porém para isso faz se necessário um conjunto de regulamentos que pudessem controlar ou corrigir as operações do corpo, e para tanto o método ideal chama-se disciplinas, esta seria como um adestramento das massas, tornando-os úteis e dóceis, assim “o corpo está preso no interior de poderes muito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações” (p.132).O que não é muito diferente do que vivemos hoje, porém em cenários diferentes, olhamos nas ruas e podemos ver os mesmos movimentos, uniformes, precisos, o modelar do fios de cabelo parecem seguir um mesmo padrão, tão repetitivo que não se pode ver qualquer