O Corpo Como Capital Da Cultura Brasileira

O corpo como capital da cultura brasileira
De acordo com inúmeras pesquisas de grau qualitativas e quantitativas com homens e mulheres que vem se estendendo desde 1988, Mirian Goldenberg deixa claro que focou nas representações de gênero, casamento, sexualidade, construção social do corpo e o envelhecimento na cultura carioca. Afirmando que, o corpo é visto como fonte de riqueza e desejo para todos, sendo qualificado como capital simbólico, econômico e social. No entanto, ressalta-se que esse corpo deve ser magro, sexy e apresentar boa forma. Um corpo conquistado através de vários investimentos muito trabalho.
Os homens tendem a se mostrar insatisfeitos com as partes do corpo que consideram pequenas, enquanto as mulheres dirigem suas críticas às regiões de seu corpo consideradas grandes demais. Assim, buscando um aprofundamento maior a sua pesquisa, Goldenberg lançou a pergunta a ambos sobre oque eles buscavam em um (a) possível parceiro (a). Ao obter como resposta o corpo em primeiro lugar seguido de vários adjetivos tais como: sensual, atraente, atlético, ela ficou surpresa. Inteligência e outras qualidades só foram mencionadas como respostas secundárias.
O Brasil então se tornou um verdadeiro capital, sendo que depois das mulheres americanas, as mulheres brasileiras são as que mais fazem cirurgias plásticas no mundo, entre outros inúmeros procedimentos a fim de realçar e expor o corpo. Entretanto, tamanha vaidade se dar pelo fato da velhice, que é oque faz com que a mulher busque os procedimentos da medicina para tentar um meio de retarda-la. Isso se dá devido o homem qualificar a mulher como objeto receptivo, atraente e disponível, colocando-as em um estado de dependência simbólica. Ao entrevistar mulheres brasileiras que estão envelhecendo, Mirian Goldenberg constata que há um abismo entre o poder objetivo que um dia elas conquistaram e a miséria subjetiva atual. Apesar de terem conquistado suas realizações profissionais, independências econômicas, elas se