O conto da galinha - clarice lispector
CURSO: LETRAS PORTUGUÊS – ESPANHOL CAMPUS JAGUARÃO
DISCIPLINA: LITERATURA PROF. LUIS MAROZO
ALUNO: CLAUDIO ROLIM DE SOUZA TURMA: 10 MANHÃ
Uma Galinha
O conto de Clarice Lispector, fala da morte da galinha sendo ela o prato principal do domingo, dia em que a família reunida saboreia um almoço mais farto. Reservaram-na, um dia antes, galinha de porte médio que temia a morte e escondia-se pelos cantos da cozinha amedrontada, mas faziam como se ela não estivesse ali. A subestimaram. Num descuido inflou o peito e com vôo curto de suas asas tentou a fuga. O pai da família pensando no almoço e na molecagem de correr detrás da galinha lançou-se ao telhado. A galinha ora ofegante ora tão livre com a morosidade do rapaz se iludia com sua vitória precoce. Seria a galinha um ser pensante, com ideais próprios? _Não seria tão importante assim. Logo outra tal qual seria posta em seu lugar. Eis que num fôlego foi pega. Entre cacarejos e bater de asas foi levada pela casa como um troféu e jogada com força contra o chão da cozinha. Num susto, exausta pela fuga, surpreendeu a menina que a fitava. Pôs um ovo e colocou-se a chocá-lo. Ao ver tal cena a menina corre ao encontro da mãe pedindo que não mate a galinha por que ela quer alimentar a todos. A família vai depressa ao encontro da galinha que sem nenhum sentimento apenas sendo ela mesma esquentava seu filho. Até que o pai com voz de chefe da casa diz que se a mãe mandar matar a galinha jamais comerá galinha novamente na vida e jurou a menina furiosa também. A mãe não contrariou e deu as costas sem dar mais importância ao ocorrido. A menina mal via à hora de chegar da escola e encontrá-la, enquanto o pai relembrava a captura da galinha com ares de pena por tê-la feito correr naquele estado. Agora a galinha era tratada como um animal de estimação com pompas de rainha. Certos momentos criava coragem e circulava entre a cozinha e o terraço dos fundos, sem saber que era