O Contexto Cultural do filme o Milagre de Anne Sullivan
Marcela Nunes
Helen Keller na vida real nasceu no dia 27 de junho de 1880, em Tuscumbia, no Alabama, EUA. No mesmo ano ocorreu o Congresso de Milão, no qual foi decidida a proibição do acesso à língua de sinais a comunidade surda. No entanto, os surdos resistiram à imposição da língua oral, ocasionando então, um isolamento cultural.
Segundo o filme nos demonstra, a história apresentada nos remete ao período em torno da Guerra de Secessão americana, marcada pelos conflitos entre sul e norte, bem como, as discussões em torno da abolição a escravatura. Diante deste contexto, temos uma época marcada pela ignorância e etnocentrismo (não tão diferente dos dias atuais).
Vinda de uma família rica, da aristocracia do Sul Profundo Rural e escravagista, derrotado não fazia muito tempo pelos ianques (o Capitão Keller usa o termo pejorativamente, assim como todos os sulistas) na Guerra da Secessão (1861–1865). Moram numa grande propriedade em área rural, e, embora a escravidão já tivesse acabado, ainda têm diversos empregados negros.
Helen Keller tornou-se cega e surda aos 19 meses de idade, vivia sem qualquer comunicação com o mundo, além do amor e da proteção da sua mãe. Era tratada como um animal de estimação – um animal de estimação capaz de, a qualquer momento, se suas vontades imediatas não fossem satisfeitas, transformar-se numa fera imprevisível.
A irmã do Capitão Keller, Tia Ev, foi quem sugeriu o nome da instituição de Boston a família, a escola Perkins. Pois, segundo informações, era avançadíssima e obtinha grandes resultados em casos nas quais as famílias já haviam perdido a esperança.
No entanto, a família tomou um grande susto quando Anne Sullivan, uma ianque morena quase cega, desembarcou do trem para cuidar da filha do aristocrata sulista.
A professora que sofria de limitações visuais teve por desafio educar uma jovem, que a principio, encontrava-se desacreditada pelos seus familiares. A