O milagre de anne sullivan
Resenha Sobre o Filme
Clayton Marques claytondac@hotmail.com O filme O Milagre de Anne Sullivan retrata, de forma emocionante, baseado em fatos reais, a intervenção de uma professora, Anne Sullivan, no desenvolvimento psicossocial de uma menina, Helen Keller, com múltipla deficiência sensorial – cegueira e surdez. A família contrata a profissional com objetivo específico de treinar atividades de vida autônoma bem rudimentares, fundamentada em visão preconcebida de que a criança não tinha mente preservada, muito menos capacidades cognoscitivas necessárias à formação global. O primeiro contato de Anna Sullivan com a aluna despertou-lhe a hipótese de Helen Keller estar com potencial de linguagem/comunicação latente.
O contexto familiar e cultural no qual a criança com a deficiência sensorial vive é percebido, pela professora, como responsável pelo adormecimento da função de linguagem/comunicação. Observa-se tolerância familiar a comportamentos antissociais na alimentação, no relacionamento interpessoal; há superproteção e inércia na comunicação. Essas séries de falhas educacionais, que multiplicavam os problemas de linguagem, não podiam, à época, ser tipificadas como erros grotescos, visto que a visão preconcebida e a falta de políticas a respeito do assunto, eram tônicas.
O Milagre de Anne Sullivan se assemelha, em muitos pontos, ao filmete veiculado no YouTube intitulado A história de Carly – Autismo Severo: ele mostra que, mesmo com todos os esforços familiares e de profissionais, a jovem com TGD não apresentava desenvolvimento da comunicação e de outras habilidades cognitivas, mas que, em um dado momento, por sorte e pela existência de tecnologia, abriu-se uma janela de comunicação e à evidência de fortes capacidades intelectuais.
Apesar de ser filme bem antigo (1979), O Milagre de Anne Sullivan é sensibilizador e atual. O contexto educativo das pessoas com deficiência ou com transtornos ainda pode ser focalizador de