O contador de historias
O objetivo deste trabalho é analisar as relações línguisticas observados no filme O contador de histórias, lançado em dois mil nove, do diretor Luiz Villaça, enfocando as etapas da vida do protagonista Roberto Carlos Ramos e suas variantes línguisticas. Roberto Ramos passou por várias fases em sua vida. Nascido em Belo Horizonte na favela, cresceu e conviveu com problemas da comunidade, incluindo a escassez da educação escolar e familiar. Devido a isso sua variante línguistica era coloquial popular. Pensando no futuro do menino, a mãe, decide enviá-lo, aos seis anos de idade, para a Febem, uma entidade assistencial recém criada pelo governo, que de acordo com a TV era uma instituição que preparava as crianças para serem profissionais no futuro. Porém a realidade da Febem era outra e Roberto, aos poucos, perdeu a esperança. Para sobreviver, ele usava a sua criatividade como por exemplo, nas atividades psicológicas o erro era compensado com um biscoito, ele sendo assim ele errava a propósito. Para conseguir atenção e moral ele fazia uso de palavrões, para conseguir "status" entre os internos. Na adolescência, Roberto muda de entidade onde as leis eram mais duras e rígidas, incluindo violência psicológica, castigos corporais. Roberto e alguns internos logo descobrem o caminho das ruas, das drogas e dos pequenos delitos; para se manter nas ruas eles roubavam. Com mais de cem tentativas de fuga, Roberto é considerado pela instituição irrecuperável. Nesse momento da sua vida, aparece uma pedagoga francesa, Margherit Duvas, que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa, e Roberto a representa um desafio. Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, tenta se aproximar dele. Porém ela não consegue entrevistá-lo. Mais tarde, com suas palavras, consegue levá-lo para a sua casa tomar um café da manhã, onde o menino aproveita-se para roubar-la.