o consumo de bebida alcoolica durante a gestação
O presente estudo teve como objetivo verificar o consumo de bebida alcoólica durante a gravidez, o conhecimento dos riscos do consumo e seu rastreamento durante a assistência pré-natal.
O uso de bebida alcoólica durante a gravidez traz malefícios ao concepto e que estes são dose-dependentes. Logo, o consumo intenso de álcool durante a gestação causa danos fetais.
Segundo Eckardt MJ, o consumo de bebida alcóolica no início da gestação pode alterar o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto. Allebeck P e Olsen J relatam que quando a gravidez ainda não foi diagnosticada, o embrião fica exposto ao álcool em episódios de "embriaguez" que seriam suficientes para associarem-se aos efeitos da bebida sobre o feto, contribuindo para aumento na duração da hospitalização do recém-nascido.
Para a realização do estudo, 445 gestantes de uma maternidade paulista foram entrevistadas, de janeiro a maio de 1999. A análise dos dados foi realizada usando os testes t de Student e não-paramétrico de Kruskal-Wallis. O instrumento empregado para a coleta de dados foi baseado em formulário, constituído de perguntas destinadas à identificação da gestante, alguns dados referentes à história obstétrica pregressa e do recém-nascido e às informações sobre o consumo de bebida alcoólica.
Com base nas informações obtidas, as mulheres foram distribuídas em grupos: as que "não consumiram", "consumiram durante toda a gravidez" e "consumiram até a confirmação da gravidez".
No resultado da pesquisa, nota-se que a idade das mulheres variou de 15 a 45 anos; a maioria da raça branca, casadas ou de união consensual, naturais das regiões Sudeste e Nordeste, escolaridade fundamental incompleta, de baixa renda e que exercem atividade doméstica. Do total de mulheres, 295 (66,3%) não consumiram bebida alcoólica durante a gravidez, 71 (15,9%) utilizaram até a confirmação da gravidez e das 150 (33,7%) que consumiram, 79 (17,8%) o fizeram