O CONFLITO NA PERSPECTIVA DA MEDIA O
Vasconcelos, Carlos Eduardo de Mediação de conflitos e práticas restaurativas/ Carlos Eduardo de Vasconcelos. – São Paulo : Método, 2008.
O autor baseia-se em um conceito amplo para definir conflito, qual seja: “o conflito é dissenso. decorre de expectativas, valores e interesses contrariados.”
o autor divide o primeiro capitulo em três partes as quais elucidam ponto a ponto o conflito sob a ótica da mediação. 1. caracterização do conflito; 2. evolução do conflito; 3. conflito na era dos conhecimentos. analisando o primeiro ponto ante os três colocados pelo autor percebe-se a importância do “olhar com bons olhos para o conflito” e não encará-lo negativamente, pois se trata de uma experiência com o “ser humano” e logo cada um tem sua particularidade. por mais afinidade e afeto que exista em determinada relação interpessoal, algum dissenso, algum conflito, estará presente. a consciência do conflito como elemento intrínseco à condição humana é muito formidável. sendo assim o conflito interpessoal se compõe de três elementos: relação interpessoal, problema objetivo e trama ou processo, aduz o autor.
o autor no segundo ponto deste capítulo aborda a questão da evolução do conflito no qual traz a possibilidade de variações devido a circunstâncias social, cultural ,histórica e econômica. essas mudanças estão associadas ao fenômeno cultural da escrita impressa. boaventura de sousa santos comenta a relação entre a cultura escrita, que se desenvolvia na europa a partir do século xv, o processo de mudança e a inovação. vista como aquilo que nos textos do século xvi se chamava de “paciência do soberano”, algo tido como administração de uma massa coletiva de fenômenos. a ideia de poder, na ambiência crescentemente urbana de todas aquelas expansões tecnológicas, mercantis e culturais, foi-se paulatinamente deslocando da díade soberano/território para a variável governo/população/ território/riqueza.