O conceito de felicidade em aristóteles

A felicidade, através das eras, desde o início do pensamento racional, foi claramente o principal objetivo na vida do ser humano. É interessante que se faça uma análise da universalidade do termo, de como todo ser pensante é capaz de ser sensível à felicidade, mas, mesmo assim, ninguém - ou quase ninguém - realmente a conhece, ou, no mínimo, não pode explica-la precisamente. Em verdade, muitos são aqueles que se dizem conhecedores da felicidade, e destes, muitos são os que defendem arduamente suas teorias à cerca do assunto.
Segundo Aristóteles, a felicidade é o fim natural buscado pelo ser humano. Se toda ação possui uma finalidade – ou é a própria finalidade, por si só – a felicidade é a finalidade natural do homem. Se é verdade que não se pode admitir nenhuma teoria como completamente correta, também é verdade que, de correto, todas tem alguma coisa. Isso acontece pelo fato de que a felicidade não possui uma forma, nem um caminho único. A felicidade toma uma forma diferente para cada pessoa e, por isso, não é possível ser descrita de forma geral. Um indivíduo pode explicar sua felicidade, seus motivos, o que o fez chegar a tal estado, mas jamais poderá explicar a felicidade de outrem, visto que é um sentimento único, particular. Mesmo assim, é possível que se faça uma reflexão em torno do assunto, buscando entender os diferentes meios que levam ao caminho tão desejado. A felicidade não pode ser entendida em sua individualidade, mas é possível que se faça uma busca por sua forma mais geral, embora talvez se corra o risco de tornar a análise um tanto superficial.
Obviamente é impossível um indivíduo sentir-se feliz o tempo inteiro. Mesmo que esteja em absoluta paz de espírito, sempre estará sujeito a doenças, a problemas de força externa, entre outros. Em momentos como estes, passasse a buscar uma felicidade diferente, momentânea. A felicidade para um doente é ter saúde, por exemplo. Apesar disso, é possível que se faça uma espécie de apanhado geral sobre a