O conceito de arte ao longo dos tempos
Introdução
Exactamente como o respirar, o caminhar, o amar e o trabalhar, a criação artística é inerente ao ser humano e é tão velha como a própria humanidade. Os primeiros rabiscos que uma criança garatuja num papel ou numa parede do seu quarto, não são resultantes de nenhuma educação específica, mas sim de uma necessidade de expressão absolutamente natural à criança e que se materializa através dos materiais que o seu meio ambiente lhe proporciona: um lápis, um pedaço de giz ou uma rolha queimada. Seja como fôr, as suas primeiras manifestações artísticas hesitantes, parecem reproduzir a experiência percorrida pela humanidade, que desde que o é, pintou, cantou, construiu. Inclusivamente, os povos hoje em dia mais marginalizados do mundo, carenciados dos recursos económicos e técnicos mais elementares, continuam a dançar, a enfeitar-se, a entalhar, a esculpir, ou seja, a manifestar o seu sentido muito próprio da beleza. À medida que o progresso social foi desenvolvendo novas técnicas e materiais, foram-se criando novos métodos de expressão. A arquitectura, a pintura e a escultura são as três principais formas de expressão da actividade artística. O seu conhecimento, ainda que rudimentar, faz aumentar o prazer estético que qualquer obra de arte proporciona. As finalidades e os motivos da arte são infinitos; dependem do homen e do seu tempo, da sua visão do mundo e da sociedade, e da sua relacção com os outros. Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa a Arte é a actividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de carácter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação. A capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos.
1 – Evolução do conceito “Arte”
Em linhas gerais, a actividade artística sofreu e continua a sofrer grandes influências tecnológicas ao longo da história da