o conceito clássico da arte
A arte como ofício Durante toda a história, as obras de artes eram artefatos fabricados para promover algum valor ulterior e não para serem obras de arte. De modo geral todas as obras de arte eram feitas com uma finalidade diferente do que hoje determinaríamos estético.
Isso não quer dizer que o impulso estético fosse inoperante na maior parte da história do homem. E possível perceber nas artes primitivas o impulso estético no desenvolvimento dos ofícios utilitários, mas a função estética raro ou nunca se apresenta só e autônoma. A distinção entre “belas artes” e as artes úteis ou industriais só se tornou preeminente no decurso do século XVIII na Europa.
O antigo conceito grego da arte que julgava suas obras pela “eficácia para algum propósito” é elucidativo porque torna inteligível essa atitude, que predominou durante grande parte da história. As artes eram apreciadas pela sua eficácia na promoção dos objetivos para os quais tinham sido feitas o que possibilitava uma função eminentemente social.
Uma teoria socioeconômica da arte
Não se reconhecia diferença alguma entre o artista criador e o artífice habilidoso nas técnicas de seu ofício. Como a arte era valorizada pelo quão bem desempenhava seu propósito, a noção do belo também estava atrelada a essa ideia: algo poderia ser considerado belo se servisse a seu propósito.
A posição social do artista
A concepção da dignidade do trabalho não fazia parte da filosofia grega. O cidadão livre que realizasse algum trabalho manual descia da sua dignidade. Assim sendo, os artistas, considerados uma de trabalhadores artífices, não ocupavam lugar elevado na escala social.
A poesia e a teoria da música se incluíam entre as “artes liberais” , apropriadas a um homem culto e a um cavalheiro; a escultura e a pintura pertenciam as “artes sórdidas” e aqueles que a praticavam era classificados como trabalhadores manuais ou artífices.
Na renascença modificou-se a