O Comércio Mundial e a Geopolítica
Durante a realização do trabalho, pude observar no texto fornecido que o comércio internacional tem mudado em partes nosso conceito inicial de geopolítica. Segundo Mario Gamero, a geopolítica não é mais sinônimo apenas de garantir a segurança e a defesa nacional. Ela agora assume outro contorno, o de geoeconomia.
Usando a geopolítica no contexto de economia, percebemos que cada vez mais o espaço físico das empresas está perdendo força como espaço vital e como estratégica econômica. Vivemos numa revolução tecnológica que tem atingido direta ou indiretamente todos os setores da economia, alterando a produtividade e qualidade da produção. Isso se dá, por exemplo, pelo aumento visível de comercialização de produtos por meio de internet. As empresas não precisam mais de uma loja física e de vários vendedores disponíveis, basta abrir uma página na internet e seus produtos e serviços estarão à disposição do crescente número de consumidores virtuais. Assim, não só a indústria e sua produção que se altera, todo o espaço geográfico sofre conseqüências.
A imagem clássica, em relação à indústria, veiculada por muito tempo foi a de grandes barracões e suas chaminés soltando fumaça, uma grande quantidade de pessoas executando diversas tarefas e uma produção em série. Entretanto, essa é uma imagem cada vez mais rara. A cada novo sistema tecnológico há toda uma série de mudanças, de estilo, padrões de produção e consumo, práticas concorrenciais e relações de trabalho que acabam repercutindo na organização da sociedade e do espaço geográfico.
Nas últimas cinco décadas houve também um vertiginoso crescimento do comércio mundial. O aumento das transações, importações e exportações de bens e serviços, tem como principal causa a expansão das multinacionais pelo mundo e, conseqüentemente, a fragmentação e a terceirização do processo produtivo. Houve um grande desenvolvimento nos meios de comunicação e de transportes e nas trocas comerciais entre