O Colapso Financeiro Mundial
A crise no segundo semestre de 2007 nos EUA foi deflagrada pela implosão da “bolha” imobiliária. Na base da financeirização da economia, encontra-se o descontrolado endividamento dos EUA, o qual tem sua raiz, no fato de que, há bastante tempo, o consumo total daquele país supera sua capacidade produtiva. Diferentemente das outras vezes, nas quais as crises começavam pelo estouro na bolsa de valores, agora o detonador foi a implosão na “bolha” hipotecária do mercado imobiliário no final do mandato do presidente George W. Bush.
Foi com base no endividamento público e externo que houve uma importante transformação da economia estadunidense; a economia produtiva do pós-guerra se convertera na economia da especulação financeira. O processo de endividamento prosseguiu e no final do governo de Bush, a economia estadunidense entraria novamente em crise precedida de um colapso financeiro deflagrado pela elevação da taxa básica de juros. Houve uma ligeira melhora econômica no primeiro semestre de 2008.
A queda das bolsas se alastrou por todas as regiões do planeta. As 15 maiores economias do mundo foram fortemente afetadas, ainda que de forma desigual. O mercado de trabalho dos EUA foi severamente afetado pela diminuição da atividade econômica. A taxaa de desemprego naquele país subiu de 4,5% em novembro de 2007 para 8,9% em abril de 2009, s moior taxa da recessão encerrada em 1983.
A retração econômica mundial foi tão forte que, apesar do elevado grau de monopolização da economia, começou a ocorrer deflação, já no caso dos EUA os preços começaram a cair. Depois de iniciada a crise em 2007 ocorrera uma aceleração dos preços das matérias-primas, que decorreu de movimentos especulativos realizados por fundos financeiros que retiravam recursos do mercado imobiliário em crise e começaram a aplicá-los em commodities na bolsa de Chicago. Mas, quando a economia real desabou não foi possível sustentar esses movimentos especulativos e os preços das